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domingo, 8 de agosto de 2010

no words


  
Tem coisas que eu nunca vou conseguir descrever, a minha negatividade é uma delas.

terça-feira, 27 de julho de 2010

quinze dias


Férias. Uma semana pra elas acabarem. E ao estalar de 2 de agosto apenas me restarão lembranças gostosas de raras tardes ensolaradas e risonhas, cheias de fotos, novidades, ansiedades; noites de internet e chocolate, conversas, querências. 
Vontades que serão transferidas para as próximas férias, impossíveis de serem realizadas nas míseras duas semanas dadas pela escola. Vontade de arrumar as malas, pegar um carro, um avião, um ônibus, o que for, e sair desse lugar, nem que fosse por dois ou três dias, apenas respirar um ar diferente, ver gente de outro lugar e esquecer um pouquinho o que deixamos e fizemos aqui. 
Nada como queremos, comigo definitivamente não é diferente, mas a trilha sonora desses quinze dias ainda toca nos meus fones de ouvido e ainda ecoa na minha cabeça, como de lembrança de tudo que foi me permitido mudar durante esse período, de todos os conselhos, todas as palavras, todas as verdades, todas as  minhas conclusões. Como nunca tinha sido, novas músicas de bandas ouvidas desde sempre, vozes nunca ouvidas, batidas estranhas, pronúncias variadas; não só na música, na vida.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

notinha básica sobre mudanças


O blog nesses últimos dias sofreu mudanças. Mudamos nome, jeito, fotos e tudo mais que era preciso com o intuito de dar mais movimento a esse nosso cantinho indispensável, sabem como é, todo mundo gosta de ser ouvido. A partir de agora haverão novas tags sobre assuntos variados, porém sempre mantendo a essência que sempre foi isso aqui. Estamos tentando ao máximo divulgar, e vou contar à vocês que não é nem um pouquinho fácil, então se gostarem comentem com seus amigos, inimigos, pais, cachorro, papagaio e piriquito para eles virem aqui e darem uma lidinha.
Estamos tentando crescer, mas vocês sabem, ninguém cresce sem vitaminas, ferro e potácio, e vocês, leitores, são exatamente isso para nós, não temos como crescer sem vocês, não mesmo.
Bom, that's it! Qualquer ideia, opinião, sugestão, etc, é só comentar aqui que iremos ler com o maior carinho e tentar atender.
Obrigada!
Bjs

segunda-feira, 12 de julho de 2010

mil palavras








Venho com mais numa edição do Mil Palavras e trago um trecho da música "Vivo" de Lenine, um nordestino arretado de sotaque e com uma mente inteligente, criatividade e com toda certeza perceptiva. 


"Precário, provisorio, perecível
Falível, transitório, transitivo
Efêmero, fugaz e passageiro
Eis aqui um vivo

Impuro, imperfeito, impermanente
Incerto, incompleto, inconstante
Instável, variável, defectivo
Eis aqui um vivo

(...)

Não feito, não perfeito, não completo,
Não satisfeito nunca, não contente,
Não acabado, não definitivo"
                                                                                               Lenine



E afinal, é isso que realmente somos.


domingo, 11 de julho de 2010

120 min. de sangue espanhol


Nao foi Brasil, mas foi Espanha, e posso falar ? Foi merecidíssimo, primeiro título da história deles, muita garra, muita bola no pé, muita ginga, muita determinação e com certeza, muita emoção naqueles 120 minutos pura e totalmente dedicados a um objetivo de toda uma nação: a vitória.
Foi lindo ver o gol suado do fofo do Iniesta no fim do segundo tempo de prorrogação e ele, sem querer saber de nada, levantou a camisa e mandou sua mensagem pro mundo (por mais que eu nao saiba o que estava escrito...); foi emocionante ver o Casillas deixar o pranto rolar no momento em que o árbitro Howard Wells apitou o fim de jogo. Não segurei o sorriso em ver todos esses guerreiros espanhóis maravilhosos com a felicidade transbordando ao erguer a Taça do Mundo, quicava de alegria no sofá ao vê-los abraçando uns aos outros, festejando e carregando o troféu dourado pelo campo.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

inércia poética


Sentado à mesa, sozinho em um quarto que me é tão inspirador tento criar alguma coisa digna de leitura, hoje já não sei se me é ou se me foi tão inspirador, rasgo cada frase mentalmente, piso em cada vírgula, descrente .
Descrente, de tudo, descrente de mim, o quê será dessa mera carcaça agora, sem ideias, sem palavras? Escrever eu sempre levei à sério, desde pequeno é a única coisa que faço bem, ou será que já não faço? Fazia ?
Escrever é um dom, e o quão gratificante é escrever algo e sentir que aquilo é a sua alma em palavras, seus ideais em poesia, a vida em versos, o mundo em prosa.
Me atrevo à dizer que escrevo, que escrevo bem, ah, como me atrevo! Mas são as crônicas que pagam as minhas contas, e os meus sorrisos de orgulho próprio em madrugadas tediosas de uma pacata segunda-feira. É preciso saber se orgulhar do que se faz também, ou será que esse surto branco, oco, vazio, acaba com palavras de uma vida inteira? Talvez agora eu me orgulhava.
Agora, olho atentamente pra cada canto da casa, rodando, preciso de uma inspiração, um sorriso quiçá, procuro a fonte, não a encontro.
Mas, amanhã é outro dia, então a gente deixa o coração falar também porque ele tem razão demais quando se queixa, o poetinha me disse um dia. Perdi as forças para lutar contra essa cegueira que me prende e me larga em lugar nenhum, vou dormir por uns instantes compridos.
E, ah, por favor, apague a luz e feche a porta quando sair.